O SFP apoia a luta dos trabalhadores do SAMS/SBSI
O SFP decretou greve dos fisioterapeutas trabalhadores do SAMS/SBSI no passado dia 27 de novembro, juntando-se assim a todos os Sindicatos (CESP, SEP, SFP, SIFAP, SINDITE, SITESE, SMZS, STSS) representativos dos trabalhadores desta Instituição, como forma de protesto pela postura da Direção do SBSI, que poderemos resumir:
A Direcção do SBSI interrompeu unilateralmente, os processos de Conciliação no Ministério do Trabalho, tal como já o tinha feito em Outubro de 2013 e, em ambas as situações, sem sequer terem sido discutidas nessas negociações, as questões remuneratórias e as carreiras profissionais.
A Direcção do SBSI vem agora através de um “Comunicado” afirmar que os Sindicatos “recusam o diálogo”, quando na verdade, estes têm enviado sucessivos pedidos de reunião dirigidos ao seu presidente, o Dr. Rui Riso - deputado do PS e membro da Comissão do Trabalho, da Assembleia da República – que NUNCA obtiveram qualquer resposta, o mais recente dos quais enviado em 29 de Outubro, após decisão dos Plenários de Trabalhadores realizados a 22 e 23.
Para além de se ter recusado a negociar com TODOS os Sindicatos representativos dos Trabalhadores do SBSI/SAMS, estes ficaram a conhecer muito bem “a proposta de convenção coletiva moderna”, da Direcção do SBSI, que de moderna nada tem.
Pelo contrário, integra as técnicas de exploração mais antigas e retrógradas e por isso foram claramente rejeitadas pelos Sindicatos e pelos Trabalhadores. Se não vejamos alguns exemplos:
➢ Horários de trabalho semanal de 40h, com um encapotado Banco de Horas que atinge as 60h semanais – ou seja, semanas de 60h pagas como trabalho normal;
➢ Trabalho extraordinário/suplementar com valores miseráveis;
➢ Carreiras profissionais com bases salariais vergonhosas e sem qualquer correspondência com a realidade dos SAMS;
➢ Reduzem as Férias para 22 dias;
➢ Anulam as horas de qualidade;
➢ Não constam também na proposta apresentada para negociações:
- O acesso aos SAMS para os Trabalhadores do SBSI/SAMS (para o qual descontam todos os meses);
- Os Complementos de Reforma;
- Os Fundos de Pensões.
Estes são só, alguns dos principais exemplos da “proposta de convenção coletiva moderna” que apresentaram aos Sindicatos e que estes divulgaram aos Trabalhadores!
Uma proposta vergonhosa e sem paralelo no País, atabalhoadamente copiada pela Direcção do SBSI e que também tem deixado perplexos os trabalhadores bancários, que a vão conhecendo e que são representados por esta direcção, dita sindical!
Quanto ao encerramento da Maternidade e dos outros Serviços para os quais a Direcção do SBSI alegou “prejuízos”, a Comissão de Trabalhadores continua à espera dos documentos/estudos que provem as afirmações do seu presidente, proferidas na dita “reunião”, onde a delegação da CT presente ficou limitada a ouvir e quando solicitou uma reunião formal, NUNCA MAIS TEVE RESPOSTA!
Foi, pois, contra as arbitrariedades, as irregularidades, as injustiças e a falta de vontade negocial da Direcção do SBSI. que todos os Sindicatos e a Comissão de Trabalhadores se uniram, na defesa dos direitos dos Trabalhadores e dos seus Instrumentos de Regulamentação Colectiva de Trabalho (IRCT).
A Greve decretada por todos os Sindicatos, para o dia 27 de Novembro, permitiu aos Trabalhadores do SBSI/SAMS denunciarem publicamente o que se torna cada vez mais claro ou seja, que a Direcção do SBSI quer anular os seus IRCT e acabando com eles, acabar com todos os seus Direitos negociados e conquistados ao longo de décadas, mas também, com a imagem, a projecção e a Excelência dos Cuidados dos SAMS, que ajudaram a construir!
A Greve foi acompanhada com uma concentração, às 9:30h, em frente do Centro Clínico do SAMS, na Rua Fialho de Almeida, com manifestação até ao Ministério do Trabalho, na Praça de Londres.